Atos dos Apóstolos 26

Atos dos Apóstolos 26 – ACF – Almeida Corrigida Fiel

1 Então disse Agripa a Paulo: É-te permitido falares por ti mesmo. Paulo, porém, estendendo a mão, começou a sua defesa:

2 Em tudo me tenho portado como homem de boa consciência diante de Deus e dos homens.

3 E até ao dia de hoje, vivendo, como sinto, em tudo a boa consciência que há em Deus.

4 E Agripa disse a Paulo: Por pouco me persuades a que me faça cristão.

5 E Paulo disse: Suplico a Deus que, ou pouco ou muito, não somente tu, mas também todos quantos hoje me estão ouvindo, se tornem tais qual eu sou, exceto estas cadeias.

6 E o rei se levantou, e o presidente e Berenice, e os que se assentaram com eles;

7 E, retirando-se aparte, falaram entre si, dizendo: Nada digno de morte se fez por este homem.

8 E dizendo Agripa a Festo: Bem podia este homem ser solto, se não houvera apelado para César.

9 E disse Paulo: Eu apelando para César, para César hei apelado; acerca de nada tenho de que me acusar os meus irmãos.

10 Sendo, pois, logo que chegaram aqui os principais sacerdotes e os anciãos, acusaram-no perante mim, pedindo sentença contra ele.

11 Ao qual respondi que não é costume dos romanos entregar algum homem à morte, antes que o acusado tenha presentes os acusadores diante da sua face e possa defender-se da acusação.

12 De sorte que, sendo convocado, lhe conservei frase, sem contudo declarar de que o acusavam.

13 E, estando eles aqui, no dia imediato, assentado no tribunal, mandei que o trouxessem,

14 E, inquirindo-o os acusadores, nenhuma causa de crimes de que eu suspeitava foi trazida à sua acusação.

15 Antes tinham contra ele algumas questões acerca da sua superstição, e de um certo Jesus que já morreu, o qual Paulo afirmava viver.

16 E, não sabendo eu que havia de inquirir mais desta causa, perguntei-lhe se queria ir a Jerusalém e lá ser julgado acerca destas coisas.

17 Mas, apelando Paulo para que fosse reservado ao conhecimento de Augusto, mandei que o conservassem até que o enviasse a César.

18 E diz Agripa a Festo: Também eu queria ouvir esse homem. E ele disse: Amanhã o ouvirás.

19 No dia seguinte, vindo Agripa e Berenice com muito aparato, e entrando na audiência com os tribunos e principais da cidade, por mandado de Festo Paulo foi trazido.

20 E disse Festo: Rei Agripa, e vós, homens todos que estais presentes conosco, aqui tendes este homem, por quem toda a multidão dos judeus me tem instado, tanto em Jerusalém como aqui, clamando que não convenha que viva mais.

21 Mas eu, tendo averiguado que não havia nele crime algum de morte, mandando-o então o mesmo, que apelasse para Augusto, o guardei.

22 E Agripa disse a Festo: Bem poderia este homem ter sido solto, se não apelasse para César.

O capítulo 26 do livro de Atos dos Apóstolos narrado na tradução ACF – Almeida Corrigida Fiel retrata o encontro de Paulo com o rei Agripa e sua defesa perante as acusações dos judeus. Nesse momento, Paulo relata sua trajetória como apóstolo e sua conversão ao cristianismo, buscando persuadir o rei para que se torne cristão.

Paulo começa sua defesa alegando ter vivido com boa consciência perante Deus e os homens. Ele expressa seu desejo para que, não só o rei Agripa, mas todos que estão presentes também se tornem como ele, exceto pelas correntes que o aprisionam.

Agripa comenta que quase é persuadido a se tornar cristão por Paulo e, em seguida, Paulo expressa sua oração para que todos que estão ouvindo se tornem como ele, exceto pelas correntes. Nesse momento, o rei Agripa se retira com o presidente Festo e Berenice para discutir a situação. Chegam à conclusão de que não há motivo para condenar Paulo à morte e que ele poderia ser solto, se não tivesse apelado para César.

Perguntas Frequentes

1. Quem é o rei Agripa mencionado neste capítulo?

O rei Agripa mencionado neste capítulo é Herodes Agripa II, neto de Herodes, o Grande. Ele foi designado pelo imperador romano para governar algumas regiões da Palestina e tinha autoridade para decidir o destino de prisioneiros como Paulo.

2. Por que Paulo apelou para César?

Paulo apelou para César porque percebeu que as acusações contra ele não seriam justas perante o tribunal local. Como cidadão romano, ele tinha o direito de solicitar que seu caso fosse levado diretamente ao imperador para um julgamento mais imparcial.

3. Qual foi a reação de Agripa diante da defesa de Paulo?

Agripa afirmou que Paulo poderia ter sido solto se não tivesse apelado para César. Essa reação mostra que Agripa reconheceu a inocência de Paulo e que não encontrou nele motivos para condenação à morte.

Conclusão

O capítulo 26 de Atos dos Apóstolos apresenta um momento crucial na vida de Paulo, onde ele tem a oportunidade de se defender perante autoridades romanas e judaicas. Apesar de estar preso, Paulo demonstra coragem ao expor sua fé e sua trajetória como apóstolo. Mesmo diante de adversidades, ele continua perseverante em seu propósito de levar a mensagem do evangelho.

Podemos aprender com a postura de Paulo em sua defesa, tendo uma consciência tranquila perante Deus e os homens. Além disso, vemos como a fé de Paulo era tão forte a ponto de desejar que todos se tornassem como ele, exceto pelas correntes que o prendiam.

O capítulo 26 de Atos dos Apóstolos nos encoraja a sermos fiéis à nossa fé, mesmo diante de perseguições e desafios. Assim como Paulo, devemos estar dispostos a compartilhar a Palavra de Deus em todos os momentos, buscando sempre levar as boas novas de Jesus Cristo a todos que nos rodeiam.

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