Lamentações 1

Lamentações 1 – ACF – Almeida Corrigida Fiel

1 Como está sentada solitária aquela cidade antes cheia de gente! Tornou-se como viúva a que era grande entre as nações! Princesa entre as províncias, tornou-se tributária!

2 Chora amargamente na noite, e as suas lágrimas estão sobre as suas faces; não tem quem a console entre todos os seus amantes; todos os seus amigos a traíram, tornaram-se seus inimigos.

3 Judá passou em cativeiro por causa da aflição e da grande servidão; ela habita entre os gentios, não acha descanso; todos os seus perseguidores a alcançam entre as suas angústias.

4 Os caminhos de Sião pranteiam, porque ninguém vem à festa solene; todas as suas portas estão desoladas, os seus sacerdotes suspiram; as suas virgens estão tristes, e ela mesma tem amargura.

5 Os seus adversários, ao verem-na, zombaram das suas ruínas altivas, e moveram as cabeças.

6 Chorou amargamente noite inteira, e as lágrimas lhe correm pelas faces; não tem quem a console dentre todos os seus amantes; todos os seus amigos a prevaricaram, tornaram-se seus inimigos.

7 Judá passou em cativeiro por causa da aflição e da grande servidão; habita entre os gentios, não acha descanso; todos os seus perseguidores a alcançam entre as suas angústias.

8 (Jerusalém) muito pecou, por isso se tornou instável; todos os que a honravam a desprezam, porque viram a sua nudez; ela também suspira e volta para trás.

9 A sua imundícia está nas suas saias; não se lembrou do seu fim, por isso foi espantosamente abatida, sem ter consolador. Vê, ó Senhor, a minha aflição, porque o inimigo se engrandece.

10 Estendeu o opressor a sua mão a todas as coisas desejáveis dela; pois ela viu que os gentios entraram no seu santuário, acerca dos quais ordenaste que não entrassem em tua congregação.

11 Todo o seu povo suspira, buscando o pão; deram as suas coisas mais preciosas pela comida, para restaurarem a alma; vê, ó Senhor, e contempla, pois me tornei desprezível.

12 Não vos comove isto a todos vós que passais pelo caminho? Atendei, e vede, se há dor como a minha dor, que veio sobre mim, com que o Senhor me afligiu no dia do furor da sua ira.

13Todos os seus inimigos abriram a boca contra ela; assobiam, e rangem os dentes, e dizem: Tragamo-la! pois o dia deles vem, e o tempo das suas vigílias se cumprirá.

14 O Senhor cumpriu o que tinha determinado; executou a sua palavra, a qual desde os dias antigos tinha ordenado; derrubou, e não se apiedou de ti, e fez que o inimigo se alegrasse sobre ti, e exaltou o poder dos teus adversários.

15 Clamaste pelos teus amantes, e enganaram-te; mas mesmo assim, queixaste-te: “Eu sou desprezada”; mas que razão tem ela para se queixar?

16 Porque do alto mandou enviar fogo aos meus ossos, o qual se sobrepôs a eles; estendeu uma rede aos meus pés, fez-me voltar para trás; deixou-me desolada, e desfalecida o dia todo.

17 Est/sa espalhou o Senhor todas as minhas fortes; chamou contra mim um exército, para esmagar os meus jovens; o Senhor pisou num lagar a virgem filha de Judá.

18 Portanto, eu choro, e os meus olhos, os meus olhos se desfazem em águas; porque se afastou de mim o consolador que devia restaurar a minha alma; os meus filhos estão desolados, porque o inimigo prevaleceu.

19 Estendi as minhas mãos a ti sem encontrar consolador algum; inclinei o meu coração para ti, e continuaste a rejeitar-me; estou solitária, e meu coração está abatido.

O capítulo 1 de Lamentações inicia-se com uma descrição da situação de Jerusalém após a destruição do templo e a deportação do povo para a Babilônia. A cidade que antes era cheia de pessoas e renome entre as nações está agora desolada e solitária, como uma viúva. O povo vive em grande aflição, cercado pelos seus perseguidores e sem encontrar consolo. A cidade está em ruínas, suas portas estão desoladas e seus sacerdotes lamentam. Os adversários de Jerusalém zombam dela e movem suas cabeças em desprezo. O choro é constante, as lágrimas correm pelas faces, e não há quem console.

A aflição de Judá é enfatizada, pois o povo está em cativeiro e não encontra descanso entre os gentios. A situação é tão terrível que até mesmo os amigos e amantes se tornaram inimigos e traidores. Jerusalém se tornou instável, desprezada e exposta. Sua imundícia está visível, e ela foi abatida sem misericórdia. Os opressores se aproveitaram da situação, saquearam o santuário e desonraram o povo de Deus. Todos suspiram em busca de comida, mas tudo o que possuíam foi dado em troca de alimento, tornando-os desprezíveis aos olhos dos outros.

Diante dessa devastação e dor, a pergunta é levantada: “Não vos comove isto a todos vós que passais pelo caminho? Atendei, e vede, se há dor como a minha dor.” A autora das lamentações clama para que as pessoas percebam a angústia que ela está enfrentando, resultado da ira de Deus. Os inimigos de Jerusalém se alegram com sua queda, mas o Senhor cumpriu o que havia determinado. Os amantes e amigos enganaram e abandonaram Jerusalém, lançando-a em um estado de desolação física e emocional. O fogo de Deus consome seus ossos, ela está presa em uma rede, desamparada e desfalecida.

Perguntas Frequentes

1. Por que Jerusalém foi destruída?

Jerusalém foi destruída porque o povo de Israel se afastou de Deus e se entregou à idolatria e à injustiça. A cidade também foi castigada por suas transgressões contra as leis e mandamentos de Deus.

2. Qual é a mensagem central do livro das Lamentações?

O livro das Lamentações expressa a dor, tristeza e arrependimento diante da destruição de Jerusalém. Ele nos lembra da importância de obedecermos a Deus e das consequências que sofremos quando nos afastamos dele.

3. Há alguma esperança no meio dessa lamentação?

Mesmo em meio à lamentação, há esperança no livro das Lamentações. Deus é retratado como fiel e misericordioso, capaz de restaurar seu povo e dar-lhes esperança mesmo nas situações mais desesperadoras.

Conclusão

O capítulo 1 de Lamentações nos apresenta uma imagem desoladora de Jerusalém após a destruição. É um retrato de aflição, tristeza e solidão. No entanto, mesmo nesse contexto de dor, podemos encontrar lições importantes sobre a importância da obediência a Deus, do arrependimento e da esperança em sua fidelidade. Que possamos aprender com essa lamentação e buscar viver conforme a vontade de Deus, para que não nos encontremos em situações semelhantes de destruição e dor.

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