Marcos 14

Marcos 14 – ACF – Almeida Corrigida Fiel

1 E aconteceu que, estando Jesus em Betânia, assentado à mesa, em casa de Simão, o leproso, veio uma mulher, que trazia um vaso de alabastro, com ungüento de nardo puro, de muito preço, e quebrando o vaso, lho derramou sobre a cabeça.

2 E alguns houve que em si mesmos se indignaram, e disseram: Para que se fez este desperdício de ungüento?

3 Porque podia vender-se por mais de trezentos dinheiros e dá-lo aos pobres. E bramavam contra ela.

4 Jesus, porém, disse: Deixai-a; por que a maçais? Ela fez-me boa obra.

5 Porque sempre tendes os pobres convosco e podeis fazer-lhes bem, quando quiserdes; mas a mim nem sempre me tendes.

6 E quando ela ungiu o meu corpo, fê-lo para a sepultura.

7 Em verdade, vos digo que, onde quer que este evangelho for pregado em todo o mundo, também será referido o que esta fez, para memória sua.

8 Jesus prediz a traição de Judas – Por que Turbareis esta mulher?

9 Porque ela praticou uma boa ação para comigo.

10 Porque sempre tendes os pobres convosco, mas a mim não me haveis de ter sempre.

11 Porquanto, quando ela derramou este ungüento sobre o meu corpo, fê-lo para preparar-me para a sepultura.

12 Em verdade vos digo que, onde quer que este evangelho for pregado, em todo o mundo também será contado o que ela fez, para memória sua.

13 Última páscoa de Jesus – Preparai-nos a páscoa

14 Jesus, enviado por dois discípulos, Pedro e João, faz preparativos para a ceia pascal.

15 E ele vos mostrará um grande cenáculo mobilado e preparado; aí fazei-nos os preparativos.

16 E partiram os seus discípulos, e entraram na cidade, e acharam como lhes tinha dito, e prepararam a páscoa.

17 E, chegada a tarde, foi com os doze.

18 E, quando estavam assentados a comer, disse Jesus: — Em verdade vos digo que um de vós, que comigo come, há de trair-me.

19 Então eles começaram a entristecer-se e a dizer-lhe, um após outro: Porventura sou eu? Outros: Será que sou eu?

20 E ele, respondendo, disse-lhes: É um dos doze, que comigo mete a mão no prato.

21 Na verdade o Filho do homem vai, como dele está escrito, mas ai daquele homem por quem o Filho do homem é traído!

22 E, havendo comido, tomou Jesus pão, e, abençoando-o, o partiu, e deu-lho, dizendo: — Tomai, comei; isto é o meu corpo.

23 E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho; e todos beberam dele.

24 E disse-lhes: — Isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que por muitos é derramado.

25 Em verdade vos digo que não mais beberei do fruto da videira até aquele dia em que o beber, novo, no reino de Deus.

26 Depois de terem cantado o hino, saíram para o monte das Oliveiras.

27 E disse-lhes Jesus: — Todos vós vos escandalizareis de mim esta noite; porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas se dispersarão.

28 Mas, depois de ressuscitar, irei adiante de vós para a Galiléia.

29 E Pedro, respondendo, lhe disse: — Ainda que todos se escandalizem de ti, eu nunca me escandalizarei.

30 Disse-lhe Jesus: — Em verdade te digo que hoje, nesta noite, antes que o galo cante duas vezes, três vezes me negarás.

31 Mas ele disse com mais veemência: — Ainda que me seja necessário morrer contigo, de modo nenhum te negarei. E o mesmo disseram todos.

32 E chegaram a um lugar que se chamava Getsêmani, e disse Jesus a seus discípulos: — Assentai-vos aqui, enquanto eu seguro para ali e oro.

33 E tomou consigo Pedro, e Tiago, e João, e começou a ter pavor, e a angustiar-se.

34 Então lhes disse: — A minha alma está profundamente triste até a morte. Ficai aqui, e vigiai.

35 E adiantando-se um pouco, prostrou-se em terra, e orou para que, se fosse possível, passasse dele aquela hora.

36 E disse: — Pai meu, todas as coisas te são possíveis; afasta de mim este cálice; não seja, porém, o que eu quero, mas o que tu queres.

37 E vem, e acha-os dormindo; e diz a Pedro: — Simão, dormes? Não pudeste vigiar uma hora?

38 Vigiai e orai, para que não entreis em tentação. O espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.

39 E tornou a retirar-se, e orou, dizendo as mesmas palavras.

40 E, voltando, achou-os outra vez dormindo, porque os seus olhos estavam pesados; e não sabiam o que responder-lhe.

41 E voltou a terceira vez, e disse-lhes: — Dormi agora, e descansai. Basta! É chegada a hora. Eis que o Filho do homem vai ser entregue nas mãos dos pecadores.

42 Levantai-vos, vamos; eis que está perto o que me trai.

43 Jesus é preso e ans meu corpo fui ungido para a sepultura

44 Ora, logo, enquanto ele ainda falava, chegou Judas, um dos doze, e com ele uma grande multidão com espadas e varapaus, da parte dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e dos anciãos.

45 E o que o traía tinha-lhes dado um sinal, dizendo: Aquele que eu beijar é ele; prendei-o, e levai-o com segurança.

46 Aparecido, pois, Judas, logo se aproximou dele, dizendo: Rabi, Rabi. E o beijou.

47 Mas lançaram-lhe as mãos e o prenderam.

48 E um dos que estavam com Jesus, estendendo a mão, puxou da espada, e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe uma orelha.

49 E, respondendo Jesus, disse-lhes: A quem buscais? E eles disseram: A Jesus Nazareno. Disse-lhes Jesus: Sou eu. E Judas, que o traía, estava com eles.

50 Então eles recuaram e caíram por terra.

51 E um dos que estavam ali, sacando da espada, feriu o servo do sumo sacerdote, e cortou-lhe a orelha.

52 E Jesus, respondendo, disse-lhes: Permiti até aqui. E, tocando-lhe na orelha, o curou.

53 E, havendo Jesus dito algumas palavras sobre a sua prisão, veio logo Judas, que era um dos doze, e com ele uma grande multidão com espadas e com varapaus, enviada pelos principais dos sacerdotes, e pelos escribas, e pelos anciãos.

54 E o que o traía lhes tinha dado uma senha, dizendo: Aquele que eu beijar é ele; prendei-o, e levai-o com segurança.

55 E logo, indo ter com ele, disse: Rabi, Rabi. E o beijou.

56 E lançaram-lhe as mãos e o prenderam.

57 Mas um dos que ali estavam, sacou da espada, e feriu o servo do sumo sacerdote, e cortou-lhe uma orelha.

58 E, tomando o cálice e dando graças, deu-lho; e todos beberam dele.

59 E disse-lhe Jesus: — Em verdade te digo que hoje, nesta mesma noite, antes que duas vezes cante o galo, três vezes me negarás.

60 Ele, porém, ainda antes de cantar o galo, negou-o três vezes.

61 E, outra vez, o sumo sacerdote lhe perguntou: — Tu és o Cristo, o Filho do Bendito?

62 E Jesus disse: — Eu o sou, e vereis o Filho do Homem assentado à direita do Poder, e vindo com as nuvens do céu.

63 Então, o sumo sacerdote, rasgando as suas vestes, disse: — Para que precisamos ainda de testemunhas?

64 Vós ouvistes a blasfêmia; que vos parece? E todos o julgaram ser digno de morte.

65 E alguns começaram a cuspir nele e a cobrir-lhe o rosto, e a dar-lhe murros e a dizer-lhe: Profetiza; e os serventes davam-lhe bofetadas.

66 E, estando Pedro em baixo, no pátio, veio uma das criadas do sumo sacerdote;

67 E, vendo Pedro, que se estava aquentando, olhou para ele e disse: — Tu estavas também com o Nazareno, o Jesus.

68 Mas ele negou, dizendo: — Não o conheço, nem sei o que dizes. E saiu fora, para o alpendre.

69 E a criada, vendo-o, começou outra vez a dizer aos que estavam presentes: — Este é dos tais.

70 E ele negou outra vez. E pouco depois, os que ali estavam, disseram outra vez a Pedro: — Verdadeiramente tu és dos tais, pois és galileu, e o teu modo de falar é semelhante ao deles.

71 Então ele começou a praguejar e jurar, dizendo: — Não conheço esse homem de quem falais.

72 E o galo cantou pela segunda vez. Então Pedro lembrou-se das palavras que Jesus lhe tinha dito: — Antes que o galo cante duas vezes, três vezes me negarás. E, caindo em si, chorou.

O capítulo 14 do livro de Marcos traz diversos acontecimentos importantes da vida de Jesus Cristo, desde a unção em Betânia até a prisão de Jesus. Uma mulher quebrou um vaso de alabastro e derramou um ungüento de nardo puro sobre a cabeça de Jesus. Isso gerou indignação em algumas pessoas, que questionaram o desperdício. No entanto, Jesus defendeu a ação da mulher, destacando que ela havia feito uma boa obra ao ungir seu corpo para a sepultura. Ele ainda previu a traição de Judas e anunciou que um dos discípulos presentes naquela ceia iria traí-lo. Jesus instituiu a Santa Ceia, utilizando o pão como seu corpo e o cálice como seu sangue, simbolizando o sacrifício que Ele faria pela humanidade. Em seguida, Jesus e seus discípulos foram para o monte das Oliveiras, onde Ele os alertou sobre sua iminente prisão. Mesmo diante desse alerta, Pedro afirmou que nunca negaria Jesus, mas Jesus predisse que Pedro o negaria três vezes antes que o galo cantasse.

Perguntas frequentes sobre Marcos 14:

1. Por que a unção de Jesus por aquela mulher gerou indignação?

A unção de Jesus por aquela mulher gerou indignação porque o ungüento de nardo puro que ela derramou sobre Ele tinha um alto valor de mercado. Algumas pessoas questionaram o desperdício do ungüento, afirmando que ele poderia ter sido vendido para ajudar os pobres.

2. Por que Jesus defendeu a ação da mulher?

Jesus defendeu a ação da mulher porque Ele reconheceu que ela tinha feito uma boa obra ao ungir seu corpo para a sepultura. Ele valorizou o gesto de amor e adoração dela, destacando que o evangelho seria pregado em todo o mundo em memória do que aquela mulher fez.

3. Como Jesus predisse a traição de Judas?

Jesus predisse a traição de Judas durante a última ceia, quando afirmou que um dos doze apóstolos que estava com Ele iria traí-lo. Ele também mencionou que o Filho do homem iria, como estava escrito a seu respeito, mas declarou que seria terrível para aquele que o traísse.

4. O que significa a instituição da Santa Ceia por Jesus?

A instituição da Santa Ceia por Jesus teve um significado profundo para os cristãos. Ao utilizar o pão como seu corpo e o cálice como seu sangue, Jesus estava simbolizando o sacrifício que Ele faria na cruz para remissão dos pecados. Foi um momento de comunhão e lembrança desse ato redentor de Jesus.

Conclusão

O capítulo 14 do livro de Marcos traz diversos eventos significativos da vida de Jesus Cristo, desde a adoração da mulher com o ungüento precioso até a instituição da Santa Ceia, passando pela previsão da traição de Judas. Esses acontecimentos reforçam a devoção e a importância da entrega de Jesus por nós. Portanto, ao estudarmos esse capítulo, somos convidados a refletir sobre nossa adoração a Jesus, nossa comunhão com Ele e a importância do seu sacrifício em nossas vidas.

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